A pré-candidatura de Ricardo Cappelli ao Governo do Distrito Federal pelo PSB levanta questionamentos não apenas sobre suas reais intenções, mas também sobre sua capacidade de compreender os desafios locais. Apesar de sua trajetória na administração pública, sua ligação com o DF é frágil, limitada a um esforço recente de “aproximação” que mais soa como uma estratégia eleitoreira do que um compromisso genuíno com a capital do país.
Cappelli tem se posicionado como um crítico do governo atual, apontando falhas na segurança, saúde e mobilidade urbana. No entanto, suas análises carecem de profundidade e, principalmente, de propostas concretas. Até o momento, seu discurso se resume a um amontoado de críticas genéricas que poderiam ser ditas por qualquer opositor, sem apresentar soluções viáveis ou demonstrar real conhecimento das particularidades da administração do DF.
Um exemplo claro dessa desconexão está na estratégia de “morar por uma semana” em diferentes regiões administrativas. Essa abordagem, além de superficial, ignora que os problemas do DF não podem ser compreendidos em visitas temporárias, mas exigem vivência e comprometimento contínuo. Parece mais uma tentativa de criar uma narrativa eleitoral do que uma iniciativa eficaz para entender as reais demandas da população.
Além disso, sua filiação ao PSB o vincula diretamente ao governo de Rodrigo Rollemberg, lembrado pela população por sua gestão desastrosa, especialmente nas áreas de segurança e saúde aréas esse que Capelli mais critica. Ao invés de reconhecer as falhas do passado e apresentar um projeto renovador, Cappelli se limita a repetir velhos discursos oposicionistas, como se a simples crítica ao governo de Ibanes Rocha fosse suficiente para convencer o eleitorado de sua capacidade administrativa.
Se Ricardo Cappelli deseja ser levado a sério como candidato ao GDF, precisará ir além das críticas vazias e mostrar que tem conhecimento real dos problemas locais e, mais importante, soluções factíveis para enfrentá-los. Caso contrário, sua candidatura será vista apenas como mais uma aventura política oportunista, sem raízes na realidade do Distrito Federa
