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Klebim é condenado por rifas ilegais e lavagem de dinheiro; influenciador poderá recorrer em liberdade

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O influenciador digital Kleber Rodrigues de Moraes, conhecido como Klebim, foi condenado pela Vara Criminal do Guará por envolvimento em um esquema de rifas ilegais, apontado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) como uma estrutura organizada para lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar.

As investigações revelaram que o grupo atuava de forma estruturada entre novembro de 2019 e março de 2022, comercializando rifas online de veículos, eletrônicos e outros bens de alto valor. A estratégia, segundo o MP, disfarçava a prática ilícita sob o formato de sorteios promocionais, movimentando grandes quantias por meio da empresa Estilodub Consultoria e Publicidade Ltda., usada como fachada para mascarar a origem dos lucros.

A sentença, divulgada nesta semana, determinou penas severas aos principais integrantes da organização. Klebim foi condenado a 9 anos, 11 meses e 15 dias de reclusão, além de 5 meses de prisão simples e multa equivalente a 52 dias-multa, todas em regime fechado.

Outros réus também receberam punições expressivas. Pedro Henrique Barroso Neiva foi sentenciado a 11 anos e 12 dias de reclusão, mais 5 meses e 25 dias de prisão simples. Alex Bruno da Silva Vale e Vinícius Couto Farago receberam penas semelhantes: 9 anos, 5 meses e 15 dias de prisão, além de multa de 51 dias-multa cada.

Para os demais envolvidos — Michael Fernandes da Silva, Henrique Sadão Ramos de Araújo, Matheus Wellington Sousa Cirineu e Ronyel Santos Castro — o tribunal aplicou penas menores, parte delas convertidas em restritivas de direitos, como prestação de serviços à comunidade ou pagamento de valores determinados.

Apesar das condenações, todos os réus poderão recorrer em liberdade, uma vez que a Justiça não decretou prisão preventiva durante o processo.

A decisão marca um novo capítulo na relação entre influência digital e responsabilidade jurídica, evidenciando que a popularidade nas redes sociais não isenta figuras públicas de responder por atividades ilegais disfarçadas de ações promocionais. O caso reacende o debate sobre a fiscalização de sorteios e rifas online, segmento que cresce rapidamente e, muitas vezes, atua à margem da legislação vigente.

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