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Deputado Eduardo Pedrosa cobra fechamento de clínica após violência contra criança autista no DF

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A cena que chocou o Distrito Federal nesta quinta-feira (22) escancarou uma triste realidade: a falta de preparo e cuidado em instituições que deveriam proteger pessoas com deficiência. Câmeras de segurança flagraram dois momentos de agressão contra Pedro, uma criança autista de apenas 8 anos, na clínica Unika Kids, localizada no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA).

Nas imagens, Pedro aparece sendo brutalmente arrastado pelos braços e pernas por duas funcionárias do local. O episódio gerou forte repercussão e revolta nas redes sociais, além de mobilizar autoridades.

Indignado, o deputado distrital Eduardo Pedrosa (União Brasil), presidente da Frente Parlamentar do Autismo, cobrou uma resposta imediata das autoridades. “É inadmissível que uma criança autista, em busca de cuidado e acolhimento, sofra tamanha violência em uma clínica que deveria protegê-la”, afirmou. O parlamentar defende a cassação imediata da concessão de funcionamento da clínica e a responsabilização criminal dos envolvidos.

Ação rápida, mas insuficiente

As duas funcionárias foram presas em flagrante pela Polícia Militar do Distrito Federal, mas acabaram liberadas após pagamento de fiança. A família de Pedro registrou boletim de ocorrência, e o caso segue sob investigação da Polícia Civil.

Pedrosa, conhecido pela defesa firme dos direitos das pessoas com transtorno do espectro autista (TEA), foi categórico ao classificar o ocorrido como “absolutamente inaceitável”. O deputado também alertou sobre a necessidade urgente de fiscalizações mais rigorosas em estabelecimentos que atendem pessoas com deficiência.

“A proteção das pessoas com autismo é uma prioridade absoluta. Qualquer ato de violência ou negligência deve enfrentar consequências severas”, reforçou.

Acompanhamento e cobrança

A Frente Parlamentar do Autismo já anunciou que acompanhará de perto o desenrolar das investigações e exigirá providências. O deputado também solicitou ao Governo do Distrito Federal e aos órgãos competentes uma força-tarefa para vistoriar clínicas e instituições que atuam no atendimento de pessoas com TEA, a fim de evitar que episódios como este se repitam.

Resposta da clínica

Até o fechamento desta reportagem, a clínica Unika Kids não havia se pronunciado oficialmente sobre o caso.

O episódio reacende o debate sobre a urgência de garantir formação adequada, fiscalização efetiva e empatia por parte de profissionais que atuam com pessoas neurodivergentes. Para as famílias, permanece o alerta: é preciso vigilância constante e uma rede de apoio que vá além das promessas e leis no papel.

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