A mais recente pesquisa Genial/Quaest, divulgada na última sexta-feira (22), reposiciona o tabuleiro político goiano e aponta o vice-governador Daniel Vilela (MDB) como o nome mais competitivo na disputa pelo Palácio das Esmeraldas em 2026. O levantamento mostra Vilela à frente em todos os cenários testados, registrando 26% das intenções de voto, contra 22% de Marconi Perillo (PSDB), ex-governador que dominou a cena estadual por mais de duas décadas e busca retornar ao poder. A margem de erro é de três pontos percentuais.
A sondagem, realizada entre 13 e 17 de agosto com 1.104 entrevistados em 52 municípios, não apenas reforça a força de Vilela como pré-candidato, mas também consolida o capital político do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), cuja aprovação recorde alcançou 88%, a maior do país segundo o mesmo instituto.
Nas redes sociais, Vilela comemorou o resultado destacando o papel de Caiado:
— “Parabéns ao nosso governador, Ronaldo Caiado, por mais uma vez ser o número um do Brasil. Isso reflete a satisfação do povo goiano com nosso governo e com nosso líder, uma referência entre todos os governadores”, afirmou.
Além da boa avaliação, a pesquisa mostrou que 73% dos eleitores desejam que Caiado indique seu sucessor. Esse dado fortalece a posição de Vilela, que assumirá o governo em abril de 2026, quando o atual governador deixará o cargo para disputar a Presidência.
O vice-governador vem reforçando o discurso de continuidade:
— “Estamos focados em manter a gestão eficiente em 2025, garantindo o crescimento sustentável de Goiás para os próximos anos”, declarou.
O contraste central da disputa se desenha entre a imagem de renovação atrelada a Vilela e a tentativa de retorno de Marconi Perillo, cujo legado segue marcado por denúncias de má gestão, estagnação em áreas estratégicas e escândalos envolvendo recursos públicos. A rejeição ao ex-governador é mais expressiva entre os eleitores de baixa renda, segmento que foi decisivo para sustentar Caiado em seus dois mandatos.
Com a máquina estadual nas mãos e o aval do líder político mais bem avaliado do Brasil, Daniel Vilela emerge como favorito natural para a sucessão. Já Marconi Perillo enfrenta um dilema: o desafio de reconstruir uma base eleitoral esvaziada e a resistência crescente à volta de um ciclo político associado ao passado.
O cenário, embora ainda distante da eleição, indica que a disputa em Goiás deve se concentrar menos em nomes alternativos e mais no embate direto entre a continuidade representada por Vilela e a tentativa de sobrevivência de Perillo — dois projetos que carregam leituras opostas sobre o futuro do estado.
