A mais recente pesquisa de opinião realizada no Distrito Federal revela um cenário de ampla vantagem da vice-governadora Celina Leão na disputa pelo Palácio do Buriti. O levantamento, conduzido entre os dias 15 e 22 de dezembro, aponta liderança consistente da pré-candidata em todos os cenários estimulados para o cargo de governador do DF, reforçando seu protagonismo no tabuleiro eleitoral.
No primeiro cenário, que inclui nomes tradicionais da política local, Celina Leão aparece com 39% das intenções de voto, abrindo uma distância significativa em relação ao ex-governador José Roberto Arruda, que registra 19%. Em seguida surgem Leandro Grass (14%), Paula Belmonte (7%) e Ricardo Cappelli (5%). Brancos, nulos e indecisos somam 16%, indicando espaço residual de movimentação, mas sem alterar o desenho principal do cenário .
No segundo cenário estimulado, Celina amplia ainda mais sua vantagem e atinge 52% das intenções de voto, percentual que, se mantido, indicaria uma vitória ainda no primeiro turno. Leandro Grass aparece com 15%, seguido por Paula Belmonte (8%) e Ricardo Cappelli (7%). O bloco de eleitores que não souberam responder ou optaram por branco/nulo soma 18% .
Rejeição redesenha limites do campo adversário
O levantamento também avaliou a taxa de rejeição dos possíveis candidatos ao Governo do DF. Nesse recorte, José Roberto Arruda apresenta o maior índice, com 54% dos entrevistados afirmando que não votariam nele. Celina Leão registra 21% de rejeição, percentual inferior ao do ex-governador e que a mantém competitiva mesmo diante de um cenário polarizado. Os demais nomes aparecem com índices mais baixos: Leandro Grass (8%), Ricardo Cappelli (7%) e Paula Belmonte (7%) .
Leitura política
Os números indicam que Celina Leão entra na fase pré-eleitoral com vantagem estrutural, fruto de visibilidade institucional, associação direta com a atual gestão e capilaridade política no DF. Ao mesmo tempo, a alta rejeição de adversários tradicionais impõe limites claros ao campo oposicionista, que ainda não conseguiu apresentar um nome capaz de romper a hegemonia do grupo governista.
Embora o cenário ainda esteja sujeito a rearranjos, especialmente com a aproximação do calendário eleitoral, a pesquisa sinaliza que a disputa pelo Buriti tende a girar em torno da consolidação da liderança de Celina e da capacidade da oposição em construir uma alternativa viável e competitiva.
Metodologia
A pesquisa é do tipo quantitativa, realizada por meio de entrevistas telefônicas com 1.150 eleitores do Distrito Federal, com idade a partir de 16 anos. O levantamento possui nível de confiança de 95% e margem de erro de aproximadamente 3,5 pontos percentuais, para mais ou para menos. A amostra foi ponderada por sexo, idade, grau de instrução e renda, e a pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)


