A política educacional do Distrito Federal ganhou um novo capítulo na última quarta-feira (10), quando a Câmara Legislativa aprovou o projeto enviado pelo governador Ibaneis Rocha que redefine as gratificações por titulação dos profissionais da Secretaria de Educação. A votação consolida uma das principais reivindicações apresentadas pela categoria durante a greve de junho deste ano.
O reajuste integra o conjunto de compromissos assumidos pelo governo para encerrar a paralisação, somando-se à contratação de novos professores e orientadores educacionais — etapa que já está em andamento. Segundo o Palácio do Buriti, as nomeações têm como objetivo reorganizar a distribuição das turmas e reduzir a sobrecarga acumulada nos últimos anos.
Com a nova legislação, os servidores que possuem formação acadêmica avançada passam a receber percentuais maiores sobre a remuneração: 10% para quem tem especialização, 20% para mestres e 30% para doutores. Esses valores atualizados começam a ser aplicados a partir de 1º de janeiro de 2026, passando a integrar, de forma permanente, o contracheque dos profissionais.
Durante a negociação que colocou fim à greve, o Sinpro-DF cobrou que o Executivo cumprisse integralmente os compromissos firmados, e a aprovação do projeto pela CLDF é vista pelo sindicato como um sinal claro de avanço. Para a entidade, o reconhecimento financeiro da titulação representa um passo importante na modernização da carreira e na valorização do trabalho docente.
O governo reforça que a iniciativa foi uma determinação direta do governador Ibaneis Rocha, que se comprometeu a atender todos os pontos pactuados para garantir estabilidade ao ano letivo e restabelecer o pleno funcionamento da rede.
Com o texto aprovado e as contratações em curso, o Distrito Federal se aproxima de concluir 2025 com as principais pendências da greve resolvidas — e já projeta um 2026 com a rede reforçada e maior incentivo à qualificação dos profissionais de educação.


