spot_imgspot_img

Mesmo atendendo a todos os requisitos, curso de Medicina no Unimauá continua sendo perseguido pelo MEC

Date:

A instituição destaca que, uma vez cumpridas as exigências legais, é obrigação do MEC publicar a portaria de autorização do curso.

 

Mesmo atendendo a todos os pré-requisitos e conseguindo na Justiça decisões favoráveis, o Centro Universitário Mauá de Brasília (UniMauá), localizado em Taguatinga Sul, está enfrentando medidas rigorosas da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação (MEC). Uma portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (8/5) determinou que a faculdade interrompa imediatamente a oferta de vagas no curso de medicina.

 

A nova portaria estabelece medidas cautelares, como a suspensão das atribuições de autonomia da instituição, a interrupção imediata do curso de medicina e a divulgação explícita no site do UniMauá sobre a situação das vagas no primeiro semestre letivo de 2024, esclarecendo que a instituição não tem autorização para iniciar o curso de medicina, além do envio de comunicados aos alunos matriculados no curso.

 

Perseguição

 

O Unimauá afirma que seu curso de Medicina atendeu a todos os requisitos de qualidade exigidos pela legislação, obtendo notas máximas em todas as avaliações realizadas pelo próprio Ministério da Educação. Uma vez que foram cumpridas as exigências legais, é dever do MEC publicar a portaria de autorização do curso.

 

” A publicação da Portaria SERES/MEC 185/2024, nesta manhã, impondo, contra esta instituição, as mesmas medidas cautelares que já haviam sido suspensas pela Justiça Federal, não significa apenas uma ação odiosa de perseguição contra o UniMauá, mas representa um desafio à lei e ao Poder Judiciário, seu guardião.  Como o ato administrativo é, claramente, truculento, pessoal e autoritário, discrepante das noções básicas de república, esta Instituição permanecerá no canal estabelecido pela lei para todas as vítimas de arbitrariedade e violência: a Justiça”.

 

Diretor jurídico do UniMauá, Ciro Augusto Teles, também reforça: “Estamos seguros sob o amparo da Justiça de Deus e da justiça dos homens e, por isso, pedimos aos alunos, docentes, funcionários e amigos que não temam por nós, mas que confiem e esperem, pois a lei é maior que o homem.

 

Entenda o caso

 

Recentemente, em decisão judicial, o UniMauá foi autorizado a realizar o vestibular e iniciar as aulas para os alunos matriculados, enquanto o Ministério não se pronunciasse sobre o pedido de autorização. A portaria SERES/MEC 148/2024, publicada em 16 de abril, formaliza essa decisão.

Segundo o MEC, o pedido foi indeferido porque o UniMauá não teria cumprido dois critérios: demonstração da relevância social do curso, já que o Distrito Federal apresenta uma proporção de médicos por mil habitantes superior a 3,73 (número previsto em uma norma interna do MEC, publicada em 2023), e não teria comprovado a disponibilidade de hospital de ensino conveniado por período mínimo de dez anos.

O diretor jurídico do UniMauá, Ciro Augusto Teles, considera que a portaria não atende à determinação judicial do dia 02 de abril. Quanto ao primeiro critério, Teles afirma que o critério de relevância social foi definido em 2023 e a decisão judicial determinou que o processo deveria ser analisado conforme a legislação vigente em 2012, o que, segundo ele, a portaria não cumpriu.

 

“Levantaram-se dados de dezembro de 2023, informando que o DF apresenta uma quantidade de médicos por mil habitantes superior a 3,73. Contudo, a decisão judicial determinou, claramente, que o processo deveria ser analisado à luz da legislação vigente em 2012, data de seu protocolo. Como a Portaria 148/2024 utilizou um critério definido apenas em 2023, ela contraria, frontalmente, a decisão do desembargador responsável pelo caso”, explica.

 

O outro ponto sobre o qual o UniMauá e o MEC divergem é a comprovação de disponibilidade de hospital de ensino conveniado por período mínimo de 10 anos. Segundo  Teles, a exigência é injusta e ilegal, visto que a UniMauá apresentou doze convênios com hospitais, além de outro com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, todos com disponibilidade garantida por cinco anos.

 

“A exigência é ilegal porque o próprio instrumento de avaliação do INEP, na época e até hoje, definiu que o tempo de disponibilidade, a ser comprovado é de 5 anos. Essa afirmação contraria o dado do MEC, finaliza o diretor jurídico do UniMauá, Ciro Augusto Teles.

O post Mesmo atendendo a todos os requisitos, curso de Medicina no Unimauá continua sendo perseguido pelo MEC apareceu primeiro em Donny Silva.

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

PUBLICIDADE

spot_imgspot_img
spot_imgspot_img

Popular

More like this
Related

Público curte segunda noite de festa na Esplanada ao som de diferentes gerações

Um grande encontro… de gerações. Assim pode ser definida...

Bolsonaro completa uma semana internado após cirurgia de 12 horas; não há previsão de alta

Oex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue internado na unidade de...

Celina Leão se fortalece como sucessora de Ibaneis na disputa ao Governo do DF em 2026

Vice-governadora do Distrito Federal e nome de confiança de...