Durante pronunciamento no Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), nesta terça-feira (8), a deputada distrital Doutora Jane (MDB) fez um apelo contundente à sociedade: “Nós todos temos que refletir sobre o que precisamos fazer para que nossas mulheres parem de ser mortas”. A fala da parlamentar veio em solidariedade às famílias das oito vítimas de feminicídio registradas no DF entre 1º de janeiro e 4 de abril de 2025.
Conhecida por sua atuação firme na defesa dos direitos das mulheres, Doutora Jane destacou a importância da rede de proteção existente no DF, que inclui os Comitês de Proteção à Mulher — política pública prevista na Lei Nº 7.266/2023, de sua autoria. “Estamos em Brasília, temos uma das melhores políticas públicas disponíveis e uma rede de proteção robusta. Precisamos encorajar as mulheres a buscar ajuda”, declarou.
A distrital também reforçou a necessidade de ampliar o debate sobre violência de gênero para todos os espaços da sociedade, como escolas, igrejas e comunidades. “Precisamos levar essa temática para todos os lugares possíveis. Debater o tema e não apontar o dedo para as vítimas é fundamental na educação de crianças e jovens e na prevenção de novos casos”, afirmou.
Doutora Jane também pontuou que nenhuma mulher deve ser responsabilizada pela violência sofrida. “Nada que a mulher faça é motivo para qualquer tipo de violência”, completou.
Comitês de Proteção à Mulher
A Lei Nº 7.266/2023 determina a criação de um Comitê de Proteção à Mulher em cada região administrativa do DF, com o objetivo de fortalecer as políticas de gênero e promover segurança e igualdade de direitos. Até o momento, já foram inauguradas unidades nos seguintes locais: Itapoã, Ceilândia, Lago Norte, Estrutural, Sobradinho e Águas Claras.