O IBGE abriu 9.590 vagas temporárias e reacendeu a disputa por trabalho público em todo o país. As oportunidades, espalhadas por praticamente todos os municípios brasileiros, vão reforçar as equipes que fazem as pesquisas de campo — aquelas que alimentam as estatísticas que explicam o Brasil. As inscrições, feitas pela FGV, vão até 11 de dezembro, e as provas estão marcadas para 22 de fevereiro de 2026.
O formato foi pensado para facilitar a vida do candidato: dá para tentar dois cargos no mesmo dia. Pela manhã, a prova para Agente de Pesquisas e Mapeamento, função que paga R$ 2.676,24 e exige faro para entrevistas em domicílios e visitas a estabelecimentos. À tarde, o exame para Supervisor de Coleta e Qualidade, salário de R$ 3.379 e a responsabilidade de checar, orientar e garantir que a informação coletada chegue redonda ao sistema. Para supervisão, é necessário ter CNH categoria B válida.
O presidente do IBGE, Marcio Pochmann, afirma que o reforço chega em boa hora. “Precisamos de presença em campo para manter a qualidade do que entregamos ao país”, disse. Nos bastidores, o instituto admite que a recomposição de equipes é urgente: sem gente na rua, pesquisas atrasam, indicadores vacilam e decisões de governo ficam sem base sólida.
O edital também ampliou o número de vagas reservadas, contemplando candidatos pretos ou pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência. Além do salário, todos recebem auxílio-alimentação de R$ 1.175, transporte, auxílio pré-escolar e pagamentos proporcionais de férias e 13º.
A seleção é temporária, mas costuma atrair desde quem busca o primeiro emprego público até profissionais mais experientes, interessados em atuar nas pesquisas que influenciam políticas sociais, orçamento e planejamento econômico. E, desta vez, o volume de vagas promete uma concorrência grande, mas também uma chance real para quem quer entrar.


