spot_imgspot_img

Bombeiros do DF que foram ao RS voltam para casa: “Choramos juntos”

Date:

Os militares do Corpo de Bombeiros do DF que foram convocados para ajudar nas operações de buscas e resgates no Rio Grande do Sul foram recebidos por integrantes da corporação e familiares no Grupamento de Busca e Salvamento do CBMDF, na tarde desta terça-feira (21/5).

Os parentes esperavam ansiosamente pela equipe, e muitos não contiveram as lágrimas quando os integrantes desembarcaram, por volta das 15h. A emoção tomou conta da base militar.

Confira como foi a chegada dos militares: 


0

O tenente Udiberlei conta que a corporação saiu de Brasília em 3 de maio. Ao chegar ao local, encontrou a dura realidade em que os gaúchos estão vivendo, em decorrência das enchentes que atingem o estado há praticamente um mês. “A devastação total das cidades e as pessoas soterradas foram um choque de realidade para mim e para a equipe. Logo nos primeiros dias, tiramos diversas pessoas do soterramento, e o frio foi um agravante que nos trouxe muita dificuldade”, relatou o tenente.

O sargento Wedsney e o subtenente P. Nascimento compartilharam a experiência de salvar idosos nas regiões de São Leopoldo e Bento Gonçalves e disseram que a união do povo do Sul irá marcar para sempre a vida deles.

“Chegamos primeiro em São Leopoldo e a equipe se dividiu para Bento Gonçalves após alguns dias. Antes da divisão, logo que chegamos, salvamos uma senhora que estava em uma cadeira de rodas e era cega. Ela estava quase se afogando e não podia contar com a ajuda das outras duas irmãs por uma também ser cega e a outra andar de muletas. Mas graças a Deus salvamos elas dessas condições”, disse o subtenente.

Os bombeiros detalharam casos, como o de um homem, por volta dos 70 anos, que foi visto navegando em cima de um isopor. O idoso corria sério risco de hipotermia, mas contou aos militares que não desistiria, até poder ver como estava a sua casa.

“Nossa equipe o ajudou a encontrar sua residência, que estava completamente inundada, e o homem não conteve as lágrimas. Nesse momento, nós também não seguramos e choramos juntos com ele”, completou Wedsney.

Segundo os militares, além da chuva e da lama, tanto a equipe de resgate quanto os moradores corriam o risco de contrair doenças, como a leptospirose.

O primeiro-sargento Franklin Amorim atuou nas regiões montanhosas de Bento Ribeiro e descreveu que o acesso era o principal desafio para a equipe. “Chegamos no auge do acontecido, um lugar muito montanhoso e com muitas pedras. É uma catástrofe com bastante áreas com risco. Muitas vilas foram completamente devastadas devido ao deslizamento”, disse Franklin.

Após a missão, o sargento compartilhou o sentimento de poder voltar para Brasília e rever sua família. “É sempre muito importante ser recebido por quem a gente ama. A gente fica cada vez mais motivado. De inúmeras missões que eu fiz, em 30 anos, nosso país é o mais unido nas dificuldades. Então é esse o legado que a gente deixa, um trabalho que fazemos com muita responsabilidade”, finalizou.

A subtenente coronel e comandante da equipe, Paula, e o sargento Renan contaram em detalhes como foi a chegada da corporação ao Rio Grande do Sul.

Veja:

Confira, também, imagens inéditas:


0

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

PUBLICIDADE

spot_imgspot_img
spot_imgspot_img

Popular

More like this
Related

Brasília celebra 65 anos com história, arquitetura e ações rumo à sustentabilidade

Nesta segunda-feira, 21 de abril, Brasília comemora 65 anos...

Papa Francisco: Um Pastor de Amor que Agora Renasce na Eternidade

Na manhã desta segunda-feira, 21 de abril de 2025,...

Público curte segunda noite de festa na Esplanada ao som de diferentes gerações

Um grande encontro… de gerações. Assim pode ser definida...

Bolsonaro completa uma semana internado após cirurgia de 12 horas; não há previsão de alta

Oex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue internado na unidade de...