O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) apresentou, nesta segunda-feira (14), a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios Ampliada (Pdad-A) para os administradores regionais de todo o DF, durante reunião realizada no Palácio do Buriti. O objetivo é municiá-los de informações relevantes de cada região administrativa para que possam planejar e executar políticas públicas em consonância com as demandas da população.
Essa foi a pesquisa mais abrangente já realizada pelo Governo do Distrito Federal (GDF) e a grande novidade é que, pela primeira vez, o levantamento incluiu todas as regiões administrativas e a zona rural, além dos 12 municípios goianos que compõem a Periferia Metropolitana de Brasília (PMB).
A governadora do Distrito Federal em exercício, Celina Leão, ressalta a importância da nova Pdad para a formulação de políticas públicas eficazes, que realmente atendam às demandas da população. “Por meio da Pdad-A, nós temos condições de verificar como as políticas públicas que colocamos em prática são percebidas pela população e onde precisamos intensificar a nossa atuação. Esse trabalho é fundamental para uma gestão eficiente. A ampliação do estudo nos dará ainda melhores condições de cuidar da nossa população”, frisou.
Atualmente, a Área Metropolitana de Brasília abriga 4.255.593 moradores, distribuídos em 1.444.256 residências. Já a população total do DF é de 2.982.658 pessoas, sendo que 2.861.133 vivem em áreas urbanas e 121.525 em áreas rurais. A pesquisa abordou aspectos como densidade populacional, presença de pets nas residências, residências escrituradas e arranjos domiciliares, além de características dos moradores como raça, religião, entre outros aspectos.
Ceilândia segue como a região mais populosa do DF, com mais de 287 mil habitantes. No Park Way, 73,9% das residências têm animais de estimação e, em Águas Claras, há o maior percentual de imóvel próprio com escritura, chegando a 98,8%.
No Jardim Botânico, o arranjo domiciliar predominante é de casais com filhos, que chegam a 48,8%. No Sudoeste e na Octogonal, 42,7% dos lares são interpessoais e, no Paranoá, 27,6% dos lares são chefiados por mulheres que moram com os filhos.
O secretário de governo, José Humberto Pires de Araújo, destaca a importância de o poder público entender de modo aprofundado como as políticas públicas estão impactando a população. “É uma pesquisa extraordinária, que nos traz um diagnóstico bem completo de como as políticas públicas estão chegando a nossa população. Todo mundo que trabalha com pesquisa, certamente, terá um resultado mais eficaz”, destacou.
Para o presidente do IPEDF, Manoel Clementino, o trabalho é justamente permitir que os gestores tenham embasamento para formular políticas e atender aos anseios da população. “Temos recortes diversos que incluem idade, moradia e percepção de segurança pública, entre vários outros. São questões muito palpáveis na vida da população que precisam ser entendidas pelos gestores para que eles ajam no sentido de atender a esses anseios”, disse.
A pesquisa foi realizada ao longo de 2024 e coletou informações em 25 mil domicílios. Os resultados apontam que a maioria da população é composta por mulheres (52,3%), houve um aumento no número de pessoas negras (58,3%) e a média de idade é de 34,9 anos.