As inscrições para os Centros Interescolares de Línguas (CILs) do Distrito Federal seguem abertas até 9 de janeiro e representam, para muitos estudantes, a chance de acesso gratuito ao ensino de idiomas estrangeiros. A rede atende alunos da rede pública e a comunidade, com cursos que vão além da aprendizagem técnica e impactam diretamente a trajetória pessoal e profissional dos participantes.
Enquanto o novo período letivo se aproxima, o Centro Interescolar de Línguas 01 de Brasília encerrou o semestre com a formatura de 99 alunos nos cursos de inglês, francês, alemão e espanhol. A cerimônia marcou a conclusão do nível avançado e ocorreu em um ano simbólico para a unidade, que completou 50 anos de funcionamento em 2025.
Durante o evento, a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, destacou que aprender uma nova língua amplia as possibilidades de inserção social e profissional. Para ela, o contato com outros idiomas contribui para o desenvolvimento intelectual e fortalece a autonomia dos estudantes.
“Quando o aluno aprende uma língua estrangeira, ele amplia sua forma de pensar, ganha mais segurança para circular em outros espaços e passa a acessar conteúdos que antes estavam distantes”, afirmou.
A secretária também ressaltou que o modelo dos CILs incentiva a continuidade dos estudos. “É comum ver alunos concluindo um curso e retornando para iniciar outro idioma. Isso mostra que a experiência é positiva e faz sentido na vida dessas pessoas”, completou.
À frente do CIL 01, a diretora Dóris Scolmeister avaliou o encerramento do semestre como um momento de celebração coletiva. Segundo ela, o ano foi marcado tanto pelo aniversário de 50 anos da escola quanto pelo reconhecimento do trabalho pedagógico desenvolvido.
“Chegar a meio século de história mantendo a qualidade do ensino é resultado do esforço de muitas gerações de professores e servidores”, destacou. Ela acrescentou ainda que a unidade obteve destaque nacional no ensino de espanhol ao longo do ano.
Entre os formandos, a percepção sobre a qualidade do ensino é unânime. A arquiteta Sara Lasse, de 36 anos, ingressou no CIL por meio do sorteio da comunidade e concluiu o curso de francês após quatro anos. Para ela, a formação superou expectativas.
“Já estudei francês em cursos particulares e posso dizer que o nível do CIL não fica atrás. O aprendizado foi sólido e fez diferença na minha vida profissional”, relatou.
Segundo Sara, o domínio do idioma abriu portas no mercado de trabalho e ampliou suas experiências culturais. “Aprender outra língua muda a forma como a gente se relaciona com o mundo. Isso refletiu tanto na minha carreira quanto na minha vida pessoal”, disse. Motivada pela experiência, ela já se inscreveu para concorrer a uma vaga em japonês.
O estudante Ian Pedro Passos, de 18 anos, concluiu o curso de inglês e afirma que o conhecimento adquirido será essencial para seus planos futuros. Interessado na área de tecnologia, ele destaca a importância do idioma para a profissão que pretende seguir.
“O inglês está presente em tudo na área de programação. O CIL me deu uma base que eu levaria muito mais tempo para construir sozinho”, afirmou.
Com inscrições abertas e relatos que evidenciam resultados concretos, os Centros Interescolares de Línguas seguem como uma das principais iniciativas de democratização do ensino de idiomas no Distrito Federal.


