O Autódromo Internacional de Brasília volta ao mapa do entretenimento e do automobilismo brasileiro após permanecer mais de uma década sem uso. A reabertura transforma o espaço em um equipamento multifuncional, com potencial para impulsionar o turismo e gerar renda em diversos setores do Distrito Federal.
Para o governador Ibaneis Rocha, o retorno do complexo é uma engrenagem importante da economia local. Ele afirma que cada visitante movimenta uma cadeia ampla de serviços. “Quando atraímos turistas, estimulamos hotéis, restaurantes, fornecedores e trabalhadores informais. É uma iniciativa que beneficia muita gente ao mesmo tempo”, destacou.
Modernização amplia possibilidades de uso
A primeira fase da reforma orçada em R$ 60 milhões reconstruiu praticamente todo o autódromo. A pista recebeu um novo pavimento, áreas de segurança e opções de traçados, enquanto as arquibancadas passaram por recuperação e o espaço agora comporta estruturas montadas sob demanda. O local, que já apresentava desgaste ainda antes de 2014, volta renovado.
O secretário-executivo de Turismo, Bernardo Antunes, avalia que Brasília recupera um ativo valioso. “É um equipamento capaz de atrair pessoas do Brasil inteiro e também do exterior. O retorno desse espaço era muito aguardado e fortalece nossa oferta turística”, disse.
O BRB, responsável pela administração do complexo, já recebeu quase 30 solicitações de datas para eventos, um movimento que confirma o apelo do autódromo como espaço multiuso. A localização central, algo raro no mundo, é um dos principais trunfos.
Antunes reforça que essa característica diferencia Brasília de outras capitais. “É o único autódromo situado no coração de uma cidade. Isso facilita o acesso do público e amplia o leque de atividades que podem ser realizadas ali”, explicou.
A cidade também conta com indicadores que favorecem o setor de eventos: altos índices de segurança, um dos aeroportos mais pontuais do planeta e múltiplas conexões aéreas nacionais e internacionais.
A entrega do autódromo faz parte de um conjunto maior de reformas promovidas pelo GDF, que inclui espaços como o Museu de Arte de Brasília e a Sala Martins Pena, no Teatro Nacional. Para Antunes, a recuperação desses locais fortalece a imagem da capital. “Brasília é um museu a céu aberto. Quando reativamos nossos espaços, valorizamos nosso patrimônio e incentivamos a visitação”, afirmou.
Com 5.384 metros de extensão, o autódromo passou por uma reformulação completa do traçado, que agora oferece 16 curvas, seis possibilidades de circuito, duas variantes e duas entradas de boxes.
As obras totais estão divididas em três fases:
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Fase 1 (entrega atual): pista modernizada, drenagem, pavimento novo e áreas de segurança.
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Fase 2 (2026): conclusão dos 40 boxes permanentes, kartódromo e centro médico.
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Fase 3: instalação de áreas comerciais, espaços para eventos e um Museu do Automobilismo.
A previsão é de que o investimento total chegue a R$ 100 milhões.
Programação da reabertura movimenta a cidade
A retomada oficial acontece em 30 de novembro, com a penúltima etapa da Stock Car 2025 e apresentação gratuita de Bell Marques. A programação, porém, começa mais cedo:
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27/11: desfile de carros pelas vias do DF;
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28/11: visitação de estudantes da rede pública;
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29/11: treino oficial e corrida sprint;
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30/11: corrida principal e show.
Os ingressos serão distribuídos gratuitamente pelo BRB. Para facilitar o deslocamento do público, o GDF vai estender o programa Vai de Graça no dia 29, garantindo transporte sem cobrança de tarifa no sábado.


