O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) abriu investigação contra os ex-gestores do Centro de Ensino Fundamental 120, em Samambaia, por suposto desvio de R$ 5 mil que deveriam ser aplicados no projeto social “Na Moral”.
Por decisão judicial, a diretora e o vice-diretor estão afastados da escola desde 3 de outubro, por um período de 60 dias. O afastamento visa garantir que a apuração sobre possíveis irregularidades na prestação de contas e na assinatura de documentos seja concluída sem interferências.
Criado pelo MPDFT em parceria com professores e promotoras de Justiça, o “Na Moral” tem como objetivo promover valores como ética, empatia e cidadania entre os alunos, oferecendo oficinas e atividades práticas que estimulam a convivência respeitosa dentro da escola.
Segundo relatos de Fátima*, professora da instituição há 18 anos, os gestores apresentavam dificuldades em prestar esclarecimentos sobre os recursos destinados à escola. “Perguntamos sobre o dinheiro do projeto e fomos informados de que nunca havia chegado à escola. Isso prejudica diretamente nossas atividades e alunos”, contou.
O relatório enviado ao MPDFT aponta que o valor foi liberado em agosto pelo Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (PDAF), mas não foi usado conforme planejado, limitando a compra de materiais e a execução de etapas do projeto. Para não prejudicar os alunos, os professores precisaram arcar com gastos próprios e organizar campanhas internas de arrecadação.
A falta de recursos pode comprometer a participação dos estudantes na fase final do programa, o evento “Celebra”, previsto para 26 de novembro, que depende de transporte e materiais para ser realizado. O MPDFT solicitou a regularização imediata da verba para assegurar que todas as ações previstas sejam concluídas e que a escola não sofra prejuízos na premiação do projeto.


