O Banco de Brasília (BRB) divulgou, nesta semana, uma nova manifestação pública para esclarecer informações veiculadas pela imprensa sobre operações de cessão de carteiras e possíveis impactos financeiros para a instituição. Segundo o banco, o cenário apresentado por algumas reportagens não reflete a real condição da estatal, que reafirma manter indicadores sólidos e plenamente alinhados às normas regulatórias.
De acordo com o BRB, dos R$ 12,76 bilhões citados na cobertura jornalística como exposição bruta envolvendo carteiras com documentação fora do padrão, mais de R$ 10 bilhões já foram liquidados ou substituídos. O valor restante, segundo a instituição, não representa risco direto ligado ao Banco Master, instituição mencionada nos materiais divulgados.
O banco também destacou que todos os procedimentos realizados como substituição de carteiras, reforço de garantias e ajustes contratuais são previstos nos contratos firmados e foram informados ao Banco Central, que acompanha o processo. A instituição afirma, ainda, que atua como credora na liquidação extrajudicial associada ao caso e que aprimorou seus controles internos para ampliar a segurança das operações.
A direção do BRB ressalta que as carteiras atuais seguem dentro do padrão regulatório exigido e que o banco se mantém sólido, transparente e cooperando integralmente com as autoridades responsáveis.
Com 59 anos de atuação, o BRB registra números robustos. A instituição possui mais de R$ 80 bilhões em ativos e uma carteira de crédito superior a R$ 60 bilhões. No primeiro semestre deste ano, alcançou lucro líquido recorrente de R$ 518 milhões e margem financeira acima de R$ 2,3 bilhões.
O banco atende mais de 10 milhões de clientes em 97% do território nacional e opera com 988 pontos físicos. Também mantém liderança no crédito imobiliário no Distrito Federal, com 64% de participação no mercado. No setor, figura como o quinto maior banco do país e o segundo entre as instituições públicas, sustentado por mais de R$ 72 bilhões em captações.


